Gal Meirelles faz Workshop de Fotografia com entrada franca no Centro Europeu Santos

Foto: Rui Rezende

A fotografia resgata memórias e tem seu espaço entre arte e documento, mas quais caminhos trilhar para vender ideias como imagens? Para falar sobre esses e outros temas, estará em Santos neste sábado (24), das 9h30 às 12h30, a fotógrafa baiana Gal Meirelles. Ela fará o workshop Além do que se vê: fotografia, documento e mercado no Centro Europeu Santos. A participação será gratuita. As inscrições devem ser realizadas na sede do Centro Europeu Santos, à Rua Timbiras, número 7, no Gonzaga, ou pelo telefone (13) 3011001.  Horário: das 09h às 22h30, de segunda a sexta, e aos sábados, das 9 às 13 horas. A organização é de Adilson Félix, coordenador do Curso de Fotografia do Centro Europeu Santos.

Gal Meirelles diz que não é preciso entender de fotografia para participar: “Conversaremos sobre as atividades que envolvem a pré-produção e a pós-produção da fotografia, mas não entraremos em questões técnicas. A ideia é discutir a fotografia como um suporte multireferencial, apontando vários efeitos e interpretações sensoriais.”

Para ela, há muitas ideias para trocar com os participantes: “Afinal, emmeio a tantas opções de consumo de fotografias, quais os caminhos a serem trilhados? Como, frente a exigências de mercado, o fotógrafo pode produzir trabalhos que representem suas opções políticas? Como custear a materialidade das próprias ideias sobre o mundo que documenta em cada clique? Como sustentar suas opções estéticas?”

Neste workshop, Gal vai mostrar como através do olhar é possível acionar outros sentidos: “Pelo contato material com a imagem fotográfica, o espectador é remetido a espaço-tempo distinto daquele onde se encontra no momento da recepção. A fotografia assume seu papel como parte da memória patrimonial e pode registrar e divulgar a diversidade de práticas e culturas que fazem parte da nossa formação”.

Sobre Gal Meirelles

Atualmente é coordenadora pedagógica e professora do projeto de oficinas de fotografia Meu Lugar Vê o Mundo, que acontece na Ilha de Maré – Salvador – BA. Junto à Universidade Estadual de Feira de Santana, é responsável pela documentação em etnografia visual dos projetosMemória do Mar: pesca e patrimônio e Comunidades pesqueiras da baía de todos os santos: contaminação e práticas terapêuticas.

Gal graduou-se em Letras vernáculas em 1998. Desde o período se volta para o estudo de manifestações populares vindo, por isto, a trabalhar com registro de imagens em vários projetos de pesquisa envolvendo comunidades tradicionais. Foi uma das integrantes do Programa de Pesquisa em Literatura Oral e Popular, do Instituto de Letras/Ufba. Entre seus trabalhos estão o Projeto Vozes do Ouro, do qual um dos resultados é a publicação da coletânea de textos e fotografias Vozes do Ouro; Projeto Bahia: cadinho de culturas orais, patrocinado pela Fapesb, além da constituição de um acervo de 2.000 imagens, neste projeto também assina a produção do documentário Um encontro de reis, realizado em parceria com a TV/UFBA; Projeto Cine mangue Baiacu,que projetava filmes na comunidade de Baiacu, Ilha de Itaparica – Bahia.

Ela publicou o livro Tramas do Sagrado, cuja temática é a obra do compositor Elomar Figueira Mello. Produziu, em parceria com a TV/Ufba, o documentário Pesca de Mestres, ganhador do IV Festival Aruanda João Pessoa/PB na categoria Melhor Documentário para TV. Realizou, ainda, a exposição a céu aberto na Ilha de Itaparica, intitulada Caboclos de Itaparica que também, circulou pelo Museu Afro de São Paulo-SP e por Cruz das Almas-BA. Além das atividades acadêmicas, coordena trabalhos fotográficos para empresas, instituições e particulares em geral, tendo fotografias publicadas em livros, revistas, sites, cds, etc