Jogadores da Costa Rica recebem kits do Instituto Arte no Dique em visita ao Museu Pelé, em Santos
Na quarta-feira, 2 de julho, em visita ao Museu Pelé, em Santos, a delegação da Costa Rica, seleção que está nas quartas de final da Copa do Mundo, além de conhecer a “casa” do Rei do Futebol, encontrou representantes do Instituto Arte no Dique, que entregaram kits da instituição a jogadores e comissão técnica. Cada kit incluiu uma camiseta e uma cópia em DVD do longa-metragem “Caranguejo do Mangue – Do Dique do Itororó ao Dique da Vila Gilda”, que narra a trajetória da entidade.
O presidente da Confederação de Futebol da Costa Rica, Eduardo Li, o técnico Jorge Luis Pinto, e os jogadores Navas (goleiro) e Campbell (atacante) receberam os presentes e conversaram com membros da instituição, que explicaram as atividades realizadas no espaço.
“Tanto o futebol como a arte proporcionam a muitos jovens que vem de uma condição social de dificuldade a chance de encontrar dignidade e cidadania e buscar uma vida melhor. Esses jogadores da Costa Rica são exemplos desse tipo de superação, inclusive dentro da Copa, e são referências para os meninos lá do instituto”, explica o presidente do Instituto Arte no Dique, José Virgílio Leal de Figueiredo.
O Instituto Arte no Dique, organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, desenvolve trabalho sóciocultural com a população do Dique da Vila Gilda na Zona Noroeste de Santos, numa das regiões com maiores índices de vulnerabilidade social da cidade, com uma população de 22 mil habitantes vivendo em condições precárias, em palafitas à beira do mangue, sobre o Rio Bugre.
Tem como proposta a realização de ações, oficinas e cursos profissionalizantes, regidas pelos princípios da inclusão social, pesquisa e valorização da cultura local, aquisição de conhecimentos específicos do mundo da arte e cultura que possibilitam a ampliação do universo cultural. Busca desenvolver talentos, saberes e habilidades pessoais que podem ser direcionadas à formação profissional com qualidade, abrindo também perspectivas de sonhar e transformar projetos de vida na direção de um futuro promissor em contraponto à realidade vivida com altos índices de miséria, evasão escolar, desemprego, criminalidade, drogas e violência.
“Este foi um longo processo. Fui informado pelo o ex-Ministro Gilberto Gil e o ex-secretário-executivo Juca Ferreira, do MINC, das políticas públicas que seriam implementadas pelo governo Ponto de Cultura e Espaço Mais Cultura – isso, em 2003. Solicitei na época à arquiteta Natasha Gabriel, do Instituto Ellos, meus parceiros, uma maquete e um projeto arquitetônico. Apresentamos ao MINC em 2004 e lutamos bastante. Em 2009, o já Ministro Juca Ferreira veio a Santos e liberou o recurso. Em 2010 lançamos o edital. O mais rápido foi a construção do prédio, que começou em março de 2011. O espaço foi inaugurado em Junho de 2012”, explica o presidente do instituto, José Virgílio Leal de Figueiredo.
Banda Querô
Formada na oficina de percussão, a Banda Querô é o primeiro produto cultural do Instituto Arte no Dique. Com uma batida própria que mistura ritmo e harmonia, o grupo criado em 2003, já realizou dezenas de apresentações pelo Brasil e várias no exterior.
Com forte influência do samba reggae, vem ganhando notoriedade nos últimos anos, após o lançamento do CD de estreia “A Arte no Dique”, em 2007, que rendeu três participações na maior festa a céu aberto do mundo, o carnaval de Salvador.
O nome Querô é uma homenagem ao personagem principal de “Querô, uma reportagem maldita”, do dramaturgo santista Plínio Marcos. O coordenador cultural do projeto, José Virgílio Leal de Figueiredo, avalia que a banda Querô “representa o objetivo do Arte no Dique de formar mão de obra para a arte, a cultura e o entretenimento.”
Maiores informações: www.facebook.com/artenodique
Telefone: 13 3299-4730. O instituto Arte no Dique fica na rua Brigadeiro Faria Lima, 1349, Rádio Clube.